quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A Alma de um Rei - Cap 7 (parte 2) - Guardiões

Apesar do que Alícia havia me dito como eu poderia deixar que o matassem? Então tudo que eu havia feito, desde o começo em minha cidade, de chamar atenção pra mim para que não o pegassem teria sido pra nada? Qual o propósito de vir até aqui para morrer? Me negava a acreditar que isso iria acontecer. Se tivesse que ser eu teria que ir junto com ele lutando, pois era o que vinhamos fazendo desde o começo. Mesmo mal nos conhecendo, eu confiara minha vida a ele em variadas situações. De uma coisa eu tinha certeza, sendo cardeal ou não, ele não era meu inimigo.

- Não. - Falei e me coloquei entre os dois, agarrando o braço de Bryan. - Não importa quem ele seja, ou o que ele tenha sido, ele não é meu inimigo. Vocês por outro lado são totalmente desconhecido e indignos de confiança.
- Então você prefere se arriscar ao lado dele contra todos nós do que ter a certeza de que será protegida? - Falou Kastiel. - Você acha mesmo que teria alguma chance contra nós todos?
- Pode apostar que nós ganharemos. - Não sabia ao certo o por que mas me sentia sempre tão confiante com o Bryan que eu realmente acreditava que eu iria ganhar dele. - O caso é se você esta disposto a arriscar não só a sua mas de todas as pessoas que você supostamente deveria proteger por um teste sem sentido.
"Pare! Você não deve matá-lo." - Falou Alícia quando nós dois já nos aprontávamos pra partir um pra cima do outro. O que me distraiu e em um segundo voei pro lado oposto do Bryan.
"O que devo fazer então? Não permitirei que ele morra." - Pensei rápido não teria muito tempo.
"Fale por mim. Peça que ele confie em vocês por mim." - Não entendi muito bem o que ela quis dizer, mas tentei.
- Espere! - Gritei, com ele já em cima de Bryan pronto pra fazer sabe lá o que. - Alícia disse que deveria confiar em nós ou ao menos nela. - Na mesma hora ele parou e olhou pra mim com cara de total espanto.
- Como? - Ele ficou um tempo olhando pra mim tentando me decifrar. Finalmente largou o Bryan e pulou em minha direção, me segurando pelo braço. - Como sabe desse nome? Como entrou em minha mente sem eu perceber?
"Diga que ele prometeu confiar em mim e ao ouvir meu nome faria o que a pessoa lhe pedisse." - Assim eu o disse e mais espantado ainda ele ficou. Ele me largou e nos deu as costas se afastando de nós.
- Você os deixará soltos assim por nada? - Alguém reclamou na multidão.
- Prendam-os. - Falou ele sem saber ao certo o que fazer. - Quando eu decidir o que fazer eu irei até eles. Até lá cuidem pra que eles não fujam.
Fomos levados a um quarto, onde ficamos trancados e selados. Eu sabia que aquele selo seria totalmente fácil de se quebrar, mas sentia que eu deveria esperar, Alícia de certa forma sabia o que estava fazendo. Ou eu preferia acreditar que ela sabia o que estava fazendo. Ultimamente ela estava me deixando muito na dúvida de que ela realmente sabia o que era o certo a se fazer. Ou eu havia mudado minhas prioridades? Olhei pro Bryan, por ele eu briguei com Alícia pela primeira vez. E se ela estivesse certa e ele devesse morrer ali? Bem, eu teria que assumir esse erro. Mas eu estava disposta a comete-lo.
"Você deveria descansar e parar de pensar tanto. Isso não te levará a lugar algum, mantenha-se focada no que é preciso." - Falou ela.
"Farei isso, mas por que anda sumida, quando mais precisei de você e estava em desespero você não falava nada pra me ajudar." - Falei enquanto me aprontava pra dormir, finalmente eu teria uma boa noite de sono em uma cama confortável.
"Você pode até pensar que posso usar meus poderes a todo tempo quando quiser, mas isso não quer dizer que eles sejam maiores que os seus. Você ainda tem que aprender a se proteger sem bloquear alguém específico, ou jamais poderei transpassar suas barreiras e sempre que estiver lutando usando todo seu poder eu não poderei fazer nada. Apesar disso, você se saiu muito bem, esta viva não esta? E sem nenhum arranhão."
"Não foi exatamente sem nenhum arranhão, não é por que me curei que eles não existiram." - A resposta dela me deixou um pouco intrigada. Afinal eu teria que aprender a me controlar quando estava descontrolada pra ela poder me ajudar. Mas ainda assim, eu era tão poderosa que ela não podia falar comigo, isso atrapalharia um pouco as coisas. Precisaria de ajuda pra mudar isso, onde iria conseguir, não fazia a mínima ideia.

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