segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A Alma de um Rei - Cap 6 (parte 1) - Bryan? Um Cardeal?

Lá estavam o cardeal e Bryan um olhando para o outro e eu assistindo-os sem saber o que fazer. Teria que ter uma ideia genial de como livrar Bryan do poder que o prendia, incapacitar o cardeal e fugir antes que ele pudesse nos perseguir. E pra melhorar tudo estava toda esfolada e sangrando, se ao menos eu soubesse como usar meu todos os poderes por ele, ou se soubesse como me curar. Mas não iria ficar pensando em usar algo que não saberia como.

- Ande Bryan! Lute! - Gritou o Cardeal para ele, o que me chamou a atenção, ele sabia o seu nome. - Do que tem medo? De perder o controle? E te matarem outra vez?
- Você não sabe do que esta falando! - Respondeu ele. - Por que esta aqui? O que você quer? Você não deveria estar me atacando!
- Não adianta mais mentir ou fingir pequeno Bryan. Vossa Excelência já deixou bem claro que você se tornou um inútil e que todos temos permissão de matá-lo, para provar o seu valor você terá que simplesmente sobreviver a todos nós. - O cardeal falava com certa satisfação e certeza de que ganharia. - Então lute, não pense que estamos do mesmo lado. Pois eu te matarei a qualquer custo e ganharei o que me será devido.
- Então é tudo o que quer? Um momento de glória por ter matado alguém como eu? - Respondeu Bryan com um pouco de indignação em sua voz.
- Não só por isso, mas também pelo prazer de poder lutar com alguém como você e ter a prova do quanto sou bom. - Ele falou e balançou seu braço, eu imediatamente me movimentei para intervir, mas fui parada no mesmo instante.
"Não! Não agora." - Falou Alícia depois de tanto tempo de mudez. Nunca havia lutado sem ela, o que sempre me garantia nunca sair machucada de um combate, mas por que ela voltara só agora? - "Espere!" - Uma leve curva laminada surgiu a frente de Bryan e a um leve movimento da mão do cardeal ela rodou e cortou Bryan no rosto fazendo um pouco de sangue escorrer.
- Lute! - Falou ele por fim.
- Todos sabem que eu não posso. Tive meus poderes selados e não é tão fácil assim de quebrar o selo.
- Realmente, não passa de um inútil. - Ele esperou alguns segundos e olhou pra ele fixamente. - Sofra! - No mesmo instante Bryan começou a se debater no ar e a gritar de dor. Mesmo com um ensurdecedor não em minha mente não consegui controlar meu corpo e ficar parada vendo o que estava acontecendo.
- 'Cruento Interitu' - meu sangue que escorria, brilhou e se tornou uma grande massa de destruição direcionada ao cardeal, imediatamente parou a tortura ao Bryan e sibilou de prazer ao ver o poder indo em sua direção. Ele se movimentou rapidamente várias vezes esquivando e, soltando muitos poderes para interceptar alguns que não conseguiria esquivar.
- É esse seu pequeno segredo então, ao invés de conseguir soltar seu próprios poderes você arranjou uma guarda-costas? - Falava entre risos. - Venha a mim. - Falou ele com o braço estendido para o lado, suspeito que ele estivesse chamando pelo dragão, por que depois de um tempo de confusão em seu rosto ele olhou pra mim com fúria. - Posso não ter permissão pra matar alguém como você, já que pelo visto você possui os poderes sagrados, mas ele não me escapará!
- Não seja idiota, você nunca me matará. - Falou Bryan com um sorriso de provocação. O Cardeal simplesmente olhou para ele e pude sentir o laços que o prendiam se apertarem, pulei em sua direção na esperança de que de alguma forma eu reagisse e livrasse-o daquilo.
Ao tocá-lo como sempre me senti capaz de fazer tudo e que tudo daria certo. - 'Angelic Shield' - Pronunciei e um globo verde se instalou a nossa volta, na mesma hora Bryan foi solto e desceu ao chão e o escuro reclamou na direção do Cardeal. Bryan simplesmente sorriu e falou. - 'Mortem Radius' - A gota de sangue que lhe escorria o rosto brilhou levemente e flutuou no ar escurecendo o céu e em um piscar de olhos se transformou em uma rajada de infinitos raios que atingiram o Cardeal. Em alguns instantes o céu clareou e o cardeal caia de onde flutuava segundos antes. Tudo que eu podia sentir ali era um corpo vazio.

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